Boissucanga, mon amour

Por trás do seu cabelo tão negro
As ondas da praia e o som do mar
Enquanto as nuvens colocavam palidez na cara daquele dia quente
E vagávamos no paraíso deserto
Havia um cosmo particular
Onde nunca antes pisamos
Onde a força motriz que dobrava a noite e fazia eclodir os vegetais
E o tempo sossegar no regaço de suas costas morenas
Podia ser domada
Ficar para sempre na caverna do abraço que se estendia até as profundezas do nosso jovem amor
No abissal poço do beijo
Lá onde o pecado não tinha vez
E ríamos feito o girassol que enfeitava nossa mesa
No nosso tempo de pão, rosas e vinho
Eu sentia no teu hálito
Tão próximo
E nos teus pelos desbotados pelo sal marinho
O nosso futuro de amor e paz
Então porque acabou como acabou?
Desbotou a bata indiana
Apagou o incenso do Nepal
Boissucanga, mon amour, nunca mais...

Nenhum comentário: