Perdido no Paraiso (escrito em 1985)

Eu estou perdido hoje no território brasileiro no ano sem graça de 1985 em casa às 20:00 horas
Eu estou perdido entre parentes e os conhecidos amigos
E a surda coleção de objetos caseiros
Eu percorro o itinerário
Eu percebo a geometria que coube a vida no planeta
O carro vermelho o herói anônimo a bordo do barco a vela a fumaça o vento a beira
A nau a glória
Eu percorro todas as plataformas para saber se alguém partiu
E me deixou para trás

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