Pode bater
O último prego
Desta tábua que
fecha
A única brecha
Não faz mal
Não tem nada não
Acho que posso
Acostumar-me a
solidão
Estou fora
Da fila
Da partida
Ficarei só
E à deriva
Mas não faz mal
Acho até bom
O silêncio
A solidão
E no final da festa
Ainda vou lhe fazer
Um aceno
É o que me resta
Não tem mais jeito
não
Vou ter que me
acostumar
A solidão
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