Um homem em pedaços
Nao pode ser abraçado
Pois é apenas
Cabeça, tronco,
pernas e braços
Um homem desintegrado
É como um
boneco
Imovel, estático
Mudo, calado
Alguma coisa, ainda
Nos olhos habita
Um reflexo, uma pista
Do que, um dia, foi
a vida
O mundo é velho, e
Na cartola, nenhum
coelho, assola
Somente o tédio
Sem consolo, sem remédio.
Sem consolo, sem remédio.
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